Ser empreendedor ou tornar-se empreendedor? É uma boa pergunta que muitos já se fizeram. O empreendedorismo não é como um dom com o qual muitos nascem. Tampouco podemos dizer que qualquer um pode se tornar um empreendedor, salvo em tese. Na prática, como se diz, o buraco é mais embaixo!
Pensando em como ajudar você a compreender o que realmente é (e o que não é) o empreendedorismo, elaboramos este pequeno guia básico, com o intuito de sanar suas maiores dúvidas. Preparado? Vamos lá!
Segundo o dicionário Priberam, o empreendedorismo é a qualidade ou caráter do que é empreendedor. Mais especificamente: “Atitude de quem, por iniciativa própria, realiza ações ou idealiza novos métodos com o objetivo de desenvolver e dinamizar serviços, produtos ou quaisquer atividades de organização e administração”.
Popularmente, chamamos de empreendedor aquela pessoa que investe recursos para criar e desenvolver um negócio comercial. Para se tornar um empreendedor, são essencialmente dois caminhos a seguir:
Antes de decidir qual o melhor modelo para seguir, procure fazer uma avaliação apropriada do território onde você está pisando.
Por exemplo, se você pretende abrir uma atividade de vendas ou serviços com base em sua cidade ou região, considere cuidadosamente o estilo de vida e os hábitos das pessoas. Isso é essencial para negócios locais.
Se você quer se tornar um empreendedor, sabe que, além da capacidade de produzir valor, você precisa ver os custos que realmente devem ser incorridos tanto na fase inicial quanto nos momentos seguintes, quando a empresa começa a operar.
O plano de negócios é a ferramenta que ajuda você a fazer tudo isso. Portanto, o primeiro passo fundamental é planejar o seu negócio.
Não são poucas as pessoas que têm essa dúvida. Muitos gostariam de se concentrar em experimentos de baixo custo para minimizar as perdas em caso de falha.
Fato é que o empreendedorismo exige investimento, mesmo que um capital mínimo, dependendo do negócio. Logo de início, há todo o processo burocrático e contábil, que custam dinheiro e tempo. Depois, há os investimentos em equipamentos, pessoal, recursos, entre outros.
Por fim, é necessário aquilo que chamamos “capital de giro”, uma certa quantia de dinheiro que vai fazer o seu negócio funcionar pelos primeiros meses até que comece a gerar receita.
Enfim, mesmo que você tenha um negócio que não necessariamente utilize esses tipos de recursos, sempre haverá algo para se investir dinheiro e, principalmente, tempo.
Vamos nos concentrar agora nos custos fixos a serem incorridos. Deve ser feita uma distinção entre os custos de produção e a tributação.
Dentro do primeiro estão as despesas diversas, tais como serviços públicos (água, eletricidade, gás, aluguel), custos de pessoal (sempre que você precisar contratar outras pessoas) e custos de seguridade social que são devidos de forma fixa (INSS, FGTS etc.).
Essas despesas são inevitáveis: elas devem sempre ser pagas e representar o que determina a receita sobre a qual calcular os impostos. A tributação vem depois.
Aqui no Brasil, não é novidade o que um empreendedor enfrenta em termos de tributação. Taxas e impostos pagos por empresários são verdadeiros obstáculos para o bom desenvolvimento econômico e social de uma empresa. Isso afeta diretamente o emprego, já que uma empresa fica limitada em termos de pagamento de salário.
Para se ter uma ideia, os custos para a empresa podem facilmente superar o dobro do salário oferecido a um colaborador. Isso tudo deve ser levado em consideração quando você estiver fazendo o planejamento do seu negócio.
Não existe uma fórmula mágica para o empreendedorismo bem-sucedido. Mas existem constatações, talvez “lições”, que você pode considerar para desenvolver uma mentalidade mais empreendedora. Veja!
Aqueles que desejam se tornar empreendedores de sucesso devem primeiro aprender a dizer não. É claro que, se o cargo anterior fosse o do empregado, talvez ele estivesse acostumado a se disponibilizar para todas as solicitações, mas uma abordagem semelhante ao assumir o papel de trabalhador autônomo ou empreendedor corre o risco de comprometer sua carreira.
Para que isso não aconteça, é importante definir e seguir uma agenda que atenda principalmente às suas prioridades, sem medo de não satisfazer às necessidades dos outros o suficiente.
Muitas vezes, querer se tornar um empreendedor também significa renunciar à perfeição típica daqueles que devem se dedicar a uma única tarefa. Se você trabalha em uma grande empresa, você tem o luxo de gerenciar tarefas específicas e cuidadosamente acordadas na fase de recrutamento. Quando você inicia um negócio, geralmente não pode se dar ao luxo de cuidar de cada detalhe, porque a quantidade de atividades a serem coordenadas é bastante ampla, e o perfeccionismo corre o risco de ser um objetivo contraproducente.
Para obter um bom feedback quando você decide se aventurar sozinho no mundo do empreendedorismo, você tem que ter em mente estas duas suposições:
O profissional com uma boa mentalidade empreendedora é também aquele que aceita abrir uma empresa mesmo sabendo que provavelmente terá que trabalhar mais horas todos os dias do que um empregado.
Embora alguns trabalhadores autônomos possam fazer seu trabalho em meio dia ou de uma praia caribenha tomando coquetéis, na maioria dos casos, aqueles que querem se tornar empreendedores de sucesso precisam trabalhar mais horas do que o normal.
O conselho é, portanto, escolher uma atividade que você ama e lembre-se sempre de que os sacrifícios feitos servirão para realizar seus sonhos pessoais e profissionais.
O profissional que quer se tornar um empreendedor deve saber, antes de iniciar esse novo caminho, que ele próprio terá a responsabilidade de administrar todo o negócio.
Claro, se ele tiver recursos o suficiente para contar com a participação inicial de pessoas confiáveis, que lhe deem o suporte necessário, a história é diferente. Mas, de modo geral, a realidade da maioria dos empreendedores é ter que colocar a mão na massa e se tornar multifuncional, pelo menos no início do empreendimento.
Demonstrar uma boa mentalidade empreendedora também significa aprender a organizar o tempo de acordo com as necessidades do seu trabalho.
É verdade que muitos profissionais optam por abandonar o papel de empregados porque não toleram mais horários fixos e horas excessivas. Mas também é verdade que, para nos tornarmos empreendedores de sucesso, precisamos nos dar os ritmos capazes de coexistir com a esfera profissional e a pessoal.
Antes de se jogar de cabeça no mundo dos negócios, é aconselhável criar uma sólida base econômica que permita melhor atender às despesas iniciais sem ter que se preocupar constantemente com a situação financeira.
Isso ajuda a enfrentar a fase de start-up com maior tranquilidade e permite concentrar-se apenas no desenvolvimento do novo negócio.
Empreendedorismo não é para qualquer pessoa. Mas apenas para aqueles que estão dispostos a sacrifícios e muito labor. Os frutos serão colhidos com o tempo, mas é preciso ter consistência e paciência para o trabalho.
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